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Foto do escritorGleidson Ribeiro

PRÁTICAS ESG NOS CONDOMÍNIOS, UM NOVO CONCEITO DE GESTÃO

Atualizado: 22 de jan.



A verticalização das cidades e o processo de construção de condomínios cada vez maiores, tanto residenciais quanto comerciais, trazem também responsabilidades para a gestão desses grandes complexos. Passou-se a exigir a profissionalização da gestão, incluindo a contratação de profissionais qualificados e experientes para gerenciar as atividades incluindo a administração financeira, a manutenção das áreas comuns, e a resolução de problemas e conflitos entre os moradores, atendendo assim, suas expectativas e aumentando sua satisfação e bem-estar.


A gestão profissional inclui alguns aspectos ligados aos impactos sociais, ambientais e financeiros das operações. Tal fato já acontece no mundo corporativo, pois atualmente a implementação de práticas de ESG se tornaram tão importantes quanto a proposta de valor desenvolvida nas organizações para a inovação.


No mundo corporativo, Environment, Social and Governance (ESG) se refere a um conjunto de práticas que, juntamente com a inovação, podem contribuir para um melhor atendimento das demandas do consumidor e da competição de mercado, dessa forma podemos dizer que ESG é uma junção de boas práticas voltadas à construção de soluções dirigidas à governança do meio ambiente e da sociedade, sendo também capaz de avaliar os impactos que uma organização impõe sobre esses fatores através da sua atuação de mercado.


E os grandes condomínios, como ficam?


Acreditamos que estejam diretamente relacionados, sob vários aspectos.


No Brasil, a implementação de práticas ESG tem crescido nos últimos anos, mas ainda é um tema relativamente novo nos condomínios. No entanto, com a crescente conscientização sobre questões ambientais e sociais, é provável que veremos um aumento no número de condomínios adotando práticas ESG em um futuro próximo.


Os três pilares ESG são os principais componentes da responsabilidade ambiental, social e corporativa.


Esses pilares são:


Ambiental: refere-se às práticas e políticas que visam minimizar o impacto ambiental negativo de suas atividades, como a gestão de resíduos, a redução de emissões de gases de efeito estufa e a conservação de recursos naturais, utilização de incentivo de utilização de energia limpa, reuso de água, promoção de transporte compartilhado, entre outros.


Nos grandes condomínios, por exemplo, já é possível observar a adoção de algumas dessas práticas, a exemplo da gestão eficiente de resíduos, que visa a minimizar o impacto ambiental, incluindo a coleta seletiva, o transporte, tratamento e destinação final adequada desses resíduos, bem como a promoção da reciclagem e da reutilização de materiais, sendo fundamental para preservar o meio ambiente.


Outro exemplo é a instalação de painéis solares, para captação e distribuição de energia limpa, e a utilização de lâmpadas de baixo consumo energético.


Social: refere-se às práticas e políticas que visam promover o bem-estar e o desenvolvimento social, como o respeito aos direitos humanos, a diversidade e a inclusão e a criação de oportunidades de trabalho e de capacitação para a comunidade local. Isso inclui a implementação de políticas justas e inclusivas no ambiente de trabalho e o respeito pelos direitos humanos. As relações humanas também envolvem a transparência e a responsabilidade nas decisões e ações. Em resumo, são práticas que visam a criar um ambiente de trabalho saudável e sustentável.


O bem-estar das pessoas é um aspecto importante da responsabilidade social, ambiental e de governança. Isso envolve a promoção do bem-estar físico, mental e emocional das pessoas que trabalham ou são afetadas pelas suas atividades, bem como a criação de um ambiente saudável e inclusivo.


A promoção do bem-estar das pessoas pode envolver ações como a oferta de programas de saúde e bem-estar para funcionários, a implementação de políticas de equidade e inclusão, e a garantia de condições de trabalho seguras e justas. Isso pode contribuir para aumentar a satisfação dos funcionários e a produtividade, bem como para promover o bem-estar e o desenvolvimento das relações pessoais entre condôminos.


Governança: refere-se às práticas e políticas que visam garantir a transparência, a responsabilidade e a ética nas suas decisões e ações, como a implementação de mecanismos de controle interno e de compliance, a participação ativa dos condôminos e a comunicação aberta e clara com todas as partes interessadas.


Além disso, a governança condominial também pode ser melhorada através da transparência nas decisões e da responsabilidade na gestão dos recursos do condomínio.

Nesse aspecto, a Auditoria preventiva, atuando como Conselho Fiscal Independente pode atuar como balizador importante nesse processo, afinal a gestão eficiente dos recursos financeiros, incluindo a realização de orçamentos, a monitorização dos gastos e a manutenção de registros financeiros precisos e transparentes, tranquiliza toda a comunidade envolvida, através da emissão de relatórios mensais de acompanhamento.


O controle financeiro também pode incluir ações como a redução dos custos operacionais e a minimização dos riscos. Isso contribuirá para a sustentabilidade econômica e para a criação de valor para os condôminos.


Implementar práticas ESG trazem vários benefícios para os condomínios, tais como:

  • Melhorar a imagem do condomínio perante a comunidade e aumentar a satisfação dos moradores;

  • Reduzir custos a longo prazo através da economia de energia e água;

  • Contribuir para a preservação do meio ambiente e para a sustentabilidade da comunidade;

  • Melhorar a qualidade de vida dos moradores através de programas de inclusão e diversidade, boa comunicação e relações saudáveis com empregados e moradores;

  • Garantir transparência nas prestações de contas;

No entanto, é importante lembrar que a implementação de práticas ESG deve ser feita de forma planejada, de modo a garantir que os benefícios sejam sentidos a médio e longo prazo. É importante envolver todos os stakeholders (moradores, síndicos, Conselho Fiscal, Conselho Consultivo, Auditores Independentes, administradores e outros envolvidos) no processo de implementação dessas práticas, de modo a garantir o sucesso e a sustentabilidade das iniciativas.


A valorização do imóvel em condomínios que adotarem práticas e políticas de responsabilidade social, ambiental e de governança serão, sem dúvida um benefício adicional e relevante dessas iniciativas. Isso pode ocorrer por vários motivos, incluindo a criação de um ambiente de trabalho mais atraente e saudável, maior responsabilidade social, a diminuição dos custos operacionais, maior transparência na gestão financeira e o aumento da satisfação e do bem-estar dos moradores.


Além disso, a valorização também pode ser influenciada pelo crescente interesse dos investidores e compradores por imóveis sustentáveis, responsáveis e com administração transparente e com comunicação clara, tornando-o sem dúvida mais atraente.






Portanto, a adoção de práticas e políticas ESG nos condomínios será o salto para o futuro da Gestão Condominial.









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